Eu guardo com muito carinho a lembrança de meus avós. Uma marcou a minha infância; a vó Olga. Ela me ensinou a andar de bicicleta, a subir em árvore e a gostar de ler. Sempre contava boas histórias, algumas de livros, outras inventadas. Dela ganhei o meu primeiro livro; Os Serões de Dona Benta de Monteiro Lobato. A vó Olga (também conhecida por Guitinha) me apresentou o mundo mágico dos livros. Com ela aprendi a gostar de ler. E foi a leitura que me preparou melhor para a vida. Sem falar na sua deliciosa ambrosia. Valeu, vó!
Como hoje é o dia dos avós, vou postar um poema divertido de Ana Canéo.
Chega de tanta injustiça
de castigo e confusão!
Vou pra casa da vovó,
não tem outra solução!
Estou mesmo decidido
e pra sempre eu me mudo.
Aqui eu não posso nada
e por lá eu posso tudo!
Posso comer chocolate,
posso até me empanturrar.
Posso comer sobremesa
até antes do jantar.
Mesmo que eu faça bagunça,
vovó não briga comigo.
Se eu beliscar o irmãozinho,
vovó não me põe de castigo!
Vou fazer a minha mala,
meu carrinho eu vou levar.
Vou levar o meu cachorro
e o meu jogo de armar.
Vou levar meu travesseiro,
levo também meu pião,
pego os meus livros de história
e o meu time de botão.
Levo as coisas que eu gosto,
pra ter tudo sempre a mão:
levo também o papai,
a mamãe e o meu irmão!
Autora: Ana Canéo