OS DENTES DO VICENTE
Esta é a história do Vicente,
Um coelho boa gente,
Que se ocupava, totalmente,
Com os amigos da vizinhança,
Pois adorava brincar
como qualquer criança.
Empinava pipa, jogava bolita,
Peteca e pedalava bicicleta.
Mas sua diversão predileta
Era o jogo de bola.
Um excelente centroavante,
Nunca chutava para fora.
Vicente não pretendia
Ser um coelho da Páscoa.
Ele sempre dizia:
- Não vou distribuir chocolate.
Quero ser astronauta,
Pois eu desejo conhecer Marte!
Seria uma boa profissão
Para quem tinha a cabeça na Lua,
Tamanha era sua distração
Com sua higiene bucal!
Além de seu bafo infernal,
Seus dentes eram amarelos,
Como grandes caramelos.
Por causa dessa fraqueza,
Era motivo de chacota
Por toda a redondeza.
Mas ele nem dava pelota.
Ele respondia:
- É pura fofoca!
Não era por falta de conselho
Pois a mãe do coelho
Dizia todo santo dia:
- Com seus dentes tenha cuidado
Para não ficar desdentado!
Isso seria um terror para um roedor!
Por causa disso, em datas festivas,
Como aniversário e Natal,
Ele ganhava creme dental ou
Escova–de-dente de presente.
Já possuía uma coleção
Sempre a sua disposição.
Escovas de cerdas macias,
De diferentes tamanhos e cores.
Cremes de vários sabores,
Cenoura, canela, menta e hortelã.
Mas esses materiais úteis e legais
Pouco eram usados pelo coelho relaxado.
Num sábado de sol,
Quando saía para o futebol,
Na hora dos beijinhos de despedida,
Dona generosa sentiu o bafo de Vicente.
E disse furiosa: -Vá escovar os dentes, agora!
Ou não terá jogo de bola!
Daí, ele correu para o banheiro
E fez o serviço completo.
Escovou seus dentes com esmero,
Usou o fio-dental, limpou a língua
E não esqueceu de bochechar.
Depois, voltou para a sala de estar.
Muito bem, Vicente!
Faça isso diariamente,
Ao acordar, ao deitar e sempre após se alimentar!
- Certo, mamãe querida! Estou de saída,
Pois já vai começar a partida.
E deu no pé:- Até!
Numa certa manhã, durante o café,
Dona Generosa reparou uma mancha escura
Num dente de Vicente.
E disse com firmeza,
Sentada à mesa:
- Vou marcar um horário com o Doutor Olegário!
Não sei se é cárie essa manchinha
Ou uma simples sujeirinha
Mas o Doutor Olegário
Que é um dentista muito esperto
Vai ver isso de perto.
Ele é muito amigo da sua tia Rita.
Vicente ficou muito encucado
- Tenho que ser menos desligado.
Afinal, meus dentes ficam à vista,
São meu cartão de visita!
Pô! Preciso ter mais juízo na cachola!
Amanhã cuido disso, vou brincar agora!
À tarde, após ter corrido
De pança bem cheia,
Não resistiu à soneira.
Então, despertou de repente!
Com uma forte dor de dente.
- Céus, ai que dor! Mamãe é urgente!
Ela não perdeu tempo
E saiu como um vento,
Com o filho pela mão,
Em direção ao consultório
Do melhor dentista da região,
Olegário Tenório.
O Doutor examinou detalhadamente
E concluiu rapidamente:
- Você foi imprudente
E a cárie tomou conta de todo o dente.
Esse aqui. Olhe!
Esse aqui da frente!
Não há saída,
Haverá sequela,
O jeito é ficar banguela!
Vicente ficou desesperado.
- Não quero ficar desdentado!
Por favor, Doutor!
Enquanto sua mãe repetia:
- Teimosia, teimosia, teimosia!
E o dentista insistia:
- Acho melhor resolver agora.
É rápido, não demora!
Vicente não suportou tanta pressão.
E gritou: NÃOOO!
Foi nesse exato momento
Que seu grande amigo João
Falou bem alto:
- Acorda, Vicente!
Venha brincar com a gente!
Acordado, ele se deu conta
Que seu dente não doía.
Quanta alegria!
Tudo foi um sonho horrível,
Ou melhor,
Um pesadelo terrível!
Nem a zombaria, nem os conselhos
Da mãe do coelho
Deram resultado.
Foi esse enorme susto
Que tornou Vicente mais consciente
Da importância de seus dentes.
Daquele dia em diante,
Ele cuida com carinho
De seus dentes que, aliás,
Estão bem clarinhos.
e... além de fazer a higiene adequadamente,
vai ao dentista regularmente.
Esta é a história do Vicente,
Que, tenho certeza,
Servirá para muita gente!
FIM
Ilustrações: Cristina Menna Barreto e
André Menna Barreto(andremenna@yahoo.com.br
@andremenna)
Revisão: Professora Mafalda Orlandini Pereira
Coleção: Grão de Areia
Esta é a história do Vicente,
Um coelho boa gente,
Que se ocupava, totalmente,
Com os amigos da vizinhança,
Pois adorava brincar
como qualquer criança.
Empinava pipa, jogava bolita,
Peteca e pedalava bicicleta.
Mas sua diversão predileta
Era o jogo de bola.
Um excelente centroavante,
Nunca chutava para fora.
Vicente não pretendia
Ser um coelho da Páscoa.
Ele sempre dizia:
- Não vou distribuir chocolate.
Quero ser astronauta,
Pois eu desejo conhecer Marte!
Seria uma boa profissãoPara quem tinha a cabeça na Lua,
Tamanha era sua distração
Com sua higiene bucal!
Além de seu bafo infernal,
Seus dentes eram amarelos,
Como grandes caramelos.
Por causa dessa fraqueza,
Era motivo de chacota
Por toda a redondeza.
Mas ele nem dava pelota.
Ele respondia:
- É pura fofoca!
Não era por falta de conselho
Pois a mãe do coelho
Dizia todo santo dia:
- Com seus dentes tenha cuidado
Para não ficar desdentado!
Isso seria um terror para um roedor!
Como aniversário e Natal,
Ele ganhava creme dental ou
Escova–de-dente de presente.
Já possuía uma coleção
Sempre a sua disposição.
Escovas de cerdas macias,
De diferentes tamanhos e cores.
Cremes de vários sabores,
Cenoura, canela, menta e hortelã.
Mas esses materiais úteis e legais
Pouco eram usados pelo coelho relaxado.
Num sábado de sol,
Quando saía para o futebol,
Na hora dos beijinhos de despedida,
Dona generosa sentiu o bafo de Vicente.
E disse furiosa: -Vá escovar os dentes, agora!
Ou não terá jogo de bola!
Daí, ele correu para o banheiroE fez o serviço completo.
Escovou seus dentes com esmero,
Usou o fio-dental, limpou a língua
E não esqueceu de bochechar.
Depois, voltou para a sala de estar.
Muito bem, Vicente!
Faça isso diariamente,
Ao acordar, ao deitar e sempre após se alimentar!
- Certo, mamãe querida! Estou de saída,
Pois já vai começar a partida.
E deu no pé:- Até!
Numa certa manhã, durante o café,
Dona Generosa reparou uma mancha escura
Num dente de Vicente.
E disse com firmeza,
Sentada à mesa:
- Vou marcar um horário com o Doutor Olegário!
Ou uma simples sujeirinha
Mas o Doutor Olegário
Que é um dentista muito esperto
Vai ver isso de perto.
Ele é muito amigo da sua tia Rita.
Vicente ficou muito encucado
- Tenho que ser menos desligado.
Afinal, meus dentes ficam à vista,
São meu cartão de visita!
Pô! Preciso ter mais juízo na cachola!
Amanhã cuido disso, vou brincar agora!
À tarde, após ter corrido
De pança bem cheia,
Não resistiu à soneira.
Então, despertou de repente!
Com uma forte dor de dente.
- Céus, ai que dor! Mamãe é urgente!
E saiu como um vento,
Com o filho pela mão,
Em direção ao consultório
Do melhor dentista da região,
Olegário Tenório.
O Doutor examinou detalhadamente
E concluiu rapidamente:
- Você foi imprudente
E a cárie tomou conta de todo o dente.
Esse aqui. Olhe!
Esse aqui da frente!
Não há saída,
Haverá sequela,
O jeito é ficar banguela!
Vicente ficou desesperado.
- Não quero ficar desdentado!
Por favor, Doutor!
- Teimosia, teimosia, teimosia!
E o dentista insistia:
- Acho melhor resolver agora.
É rápido, não demora!
Vicente não suportou tanta pressão.
E gritou: NÃOOO!
Foi nesse exato momento
Que seu grande amigo João
Falou bem alto:
- Acorda, Vicente!
Venha brincar com a gente!
Acordado, ele se deu conta
Que seu dente não doía.
Quanta alegria!
Tudo foi um sonho horrível,
Ou melhor,
Um pesadelo terrível!
Da mãe do coelho
Deram resultado.
Foi esse enorme susto
Que tornou Vicente mais consciente
Da importância de seus dentes.
Daquele dia em diante,
Ele cuida com carinho
De seus dentes que, aliás,
Estão bem clarinhos.
e... além de fazer a higiene adequadamente,
vai ao dentista regularmente.
Esta é a história do Vicente,
Que, tenho certeza,
Servirá para muita gente!
FIM
Ilustrações: Cristina Menna Barreto e
André Menna Barreto(andremenna@yahoo.com.br
@andremenna)
Revisão: Professora Mafalda Orlandini Pereira
Coleção: Grão de Areia
